Transitivo
Sou do mundo;
um dia aqui,
outro ali,
um outro acolá
e mais outro
sabe-se onde.
Quem me viu num canto,
saiba que já não estou mais lá
e onde hoje estou,
amanhã já não estarei;
nômade, cigano,
ando por aí,
mutante, viajante,
e nesse andar vaguejante
escrevo meus versos,
esses versos decorrentes
de tudo que por aí vou vendo.
Minha idade?
sou velho, muito velho...
Nasci quando o Homem
ainda era um peixe;
vi esse homem ser um sapo,
depois um teiú-branco
e mais tarde um beija-flor.
Por fim o vi como Homem,
essa coisa que chafurda por aí,
destruindo o generoso planeta
que o recebeu e ainda o abriga.
Terra, planeta
do universo navegante,
este Homem que lhe vai na carona
vive a conspirar contra ti!
Vai te contaminando com imundices;
sem o menor escrúpulo ao te intoxicar.
(Luiz Antonio Vila Flor)
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